5 de nov. de 2010

Sempre criança

Deixei de ser criança, e tentei aceitar de fato,
a vida lá fora,
com grandes tropeços, muitas decisões,
e todas as opiniões voltadas para mim,
tento entender que, o que eu pensava que sabia,
eu não sei,
o que eu sonhava pra mim,
não mais sonhei,
por que eu deixei de ser criança,
amadureci e estou aqui,
me abrindo para o mundo, e querendo que ele
me entenda, em algum ponto qualquer,
de onde eu parei,
eu tentei crescer,
muitas vezes eu quis ser grande,
embora não me esforçasse tanto pra isso,
por que ser criança me dava o sentido mais
tranquilo da vida,
eu podia brincar com ela,
me esconder de problemas,
e deixar pra lá os desafios,
mas não, eu cresci , e tenho que entender,
que a criança em mim não esta mais aqui,
cresceu e com seus medos e sonhos,
também se transformou,
esta aqui, pra lutar de uma forma diferente,
de um jeito mais sério,
esquecer as brincadeiras, assumir erros,
e corrigi-los de uma maneira mais séria,
querendo acreditar nesse futuro,
de gente grande, de gente trapaceira,
e que gosta de se aproveitar
de pessoas mais sensíveis,
que batalha por um lugar ao sol,
tenho que encarar a todos
com uma força que vem de dentro de mim,
abandonar os medos, e enfrentar o que tiver que ser,
e se não for assim,
não vou crescer,
me deixarei ficar pra sempre criança,
pra poder acreditar que ainda não chegou o fim.
Sônia Amorim

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