Despedindo...

Despedindo de um sonho onde acreditei que um dia me transformaria em poeta...
me levaria daqui pra lugares incertos,
onde o amor  nunca acaba e nunca destrói...
despedindo da alma cansada que habita em mim, 
aqui jogada num canto,
tentando localizar a razão exata do meu viver,
por aí vou seguindo,
descobrindo sentido para eu não desistir de lutar...
Poesia, não faz mais parte da minha vida,
se eu realmente quiser ser dura com as quedas da vida
e alcançar meus objetivos,
não existe lugar para doçura nesse coração que agora anda
cansado e trancado por ter se decepcionado demais
com pessoas e amores que não corresponderam o 
verdadeiro sentido dele bater...
Despedindo de amigos que aqui conheci e levarei pra sempre em meu viver,
obrigada pelo carinho de estarem aqui e comentarem até mesmo 
o mais sem graças dos poemas,
sei que em alguns eu me identifiquei,
mas foram apenas palavras de um coração
que as vezes chora por não saber se defender
das porradas da vida, 
e se fecha tentando aprender,
como se faz para não sofrer...


Obrigada meus amigos,
se quiserem um contato comigo,
aqui deixo o meu e-mail
mas estarei sempre visitando a todos com muito carinho e deixando
meus comentários, incentivando e aplaudindo a todos!
sonnynha_mbc@hotmail.com


Sônia Amorim


“Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez,geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada “dois em um”: duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos; e os que escapam delas estão condenadas à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustam as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não nos contaram que ninguém vai contar tudo isso pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesma, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.”

Jonh Lennon




QUASE Um pouco mais de sol - eu era brasa, um pouco mais de azul - eu era além. Para atingir, faltou-me um golpe de assa... Se ao menos eu permanecesse aquém... Assombro ou paz? Em vão...tudo esvaído num baixo mar enganador de espuma; e o grande sonho - ó dor! - quase vivido... Quase o amor, quase o triunfo e a chama, quase o principio e o fim - quase a expansão... Mas na minh'alma tudo se derrama... Entanto nada foi só ilusão! De tudo houve um começo...e e tudo errou... - Ai a dor de ser-quase, dor sem fim... Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim, asa que se enlaçou mas não voou... Momentos de alma que desbaratei... Templos aonde nunca pus um altar... Rios que perdi sem os levar ao mar... ânsias que foram mas que não fixei... Se me vagueio, encontro só indícios... Ogivas para o sol - vejo-as cerradas; e mãos de herói, sem fé, acobardadas, puseram grades sobre os precipícios... Num ímpeto difuso de quebrando, tudo encetei e nada possuí... Hoje, de mim´só resta o desencanto das coisas que beijei mas não vivi... Um pouco mais de sol - e fora brasa, um pouco mais de azul - e fora além. Para atingir, faltou-me um golpe de asa... Se ao menos eu permanecesse aquém...


Sá-Carneiro por Almada Negreiros.

postado em comentários pelo amigo edumanes