30 de jun. de 2015

Do outro lado da ponte



Chega num ponto de nossas vidas,
onde é preciso estacionar os sonhos,
onde não é possível se jogar de cabeça,
porque não se sabe se é pra lá que realmente se quer ir.
E para onde irá?
Se tudo em nós. nos obriga a decidir,
seria mais fácil não ter escolhas, nem opções, e deixar
livre o coração, e amar sem medir razões, somente emoções
e de onde se vem , não se volta jamais.
Queria que do outro lado da ponte,
aquela ponte que precisamos atravessar sempre
que temos que recomeçar,
e se lá, do outro lado estiver a sorte,
o amor que tanto queremos, a alegria , o entusiasmo,
e principalmente a vontade estar?
Seria maravilhoso estacionar as idéias em um só lugar,
descobrir compatibilidade em cada ser,
em cada sentimento pudéssemos confiar,
e ser eterno, como o amor que almejamos
daqueles tirados dos contos de fadas.
Hoje me pergunto,
porque o amor se tornou desamor,
e a vida não segue mais o rumo de antigamente,
onde laços eternos eram feitos e nada poderia separar?
O prazer de estar em companhia de alguém,
hoje infelizmente não se tem mais essa felicidade,
porque o alguém já vira logo um ninguém e a casa cai,
o mundo cai, e a vida desmorona sempre que chega a hora
de estacionar sentimentos.
Por mais que tentamos raciocinar, e procurar erros infinitos,
não se sabe onde encontrar, se estamos totalmente entregues,
o outro não esta, e a vida segue sem graça e as vezes cansativa,
só pelo fato de não saber onde o amor começa, e onde ele não deveria terminar.
Eu passei por muitas coisas , mas amar mesmo, não amei,
esse amor que todos falam, não conheci,
só me machuquei tentando amar, sem saber que na minha infinita ignorância,
o amor que existe de verdade, não está a venda e nada nele podemos mudar,
fazer alguém nos amar?
Que coisa impossível de se realizar,
trocamos sentimentos, inventamos momentos, e sabemos
por onde o amor não passará, nem de passagem, nem pra ficar.
Escolhemos o errado, pra não ficar só,
e deixamos o certo escapar, com medo, medo mesmo!
De se machucar.
E porque não atravessar a ponte e descobrir se lá tem algo
bom pra te prender e te fazer ficar.

 Sônia Amorim


Um comentário:

Daniel Costa disse...

Sónia, a vida é sempre um risco permanente, que devemos correr. Ao fim e ao cabo, é melhor errar por fazer, do error por não fazer, com medo de errar.
Abraço

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