continuação...
Lá estava eu em meu quarto me arrumando para ir ao baile, enchi a cama de roupas, e nada tava bom, eu queria tá linda, eu queria tá perfeita para o momento perfeito que eu achava que pudesse ser, sonhei dias e dias com o reencontro, a paixão gritava dentro de mim, queria outro beijo, um abraço apertado, quem sabe, um desejo realizado do meu coração triste e solitário.
A noite estava linda e tinha uma linda lua no céu, noite do dia dos namorados, muito especial, Encontrei as amigas num bar para tomarmos uma tequila antes de irmos,tomar coragem de encarar aquele homem, que eu nem sabia que estaria por lá, minha intuição nunca foi muito boa, e eu sofri por antecipação, pensei que talvez não me reconhecesse, nem quisesse me ver, ou estaria acompanhado, afinal era baile dos namorados, teria muitos casais, a noite super romântica, eu queria viver o momento.
Eu sempre gostei muito de poesia e na minha juventude tinha um poeta chamado Alberto Brizola, ele era a atração da noite e eu me emocionei muito com as músicas e poesias, ja era quase meia noite e eu já estava desistindo de ter o meu encontro perfeito e tão sonhado, até que...
No meio daquela multidão eu avistei aquele sorriso, meu Deus! Era o sorriso mais lindo que já ví em toda a minha vida, os olhos brilhavam, e não desgrudavam dos meus, ficou parado num canto aonde eu pudesse ver, e dessa vez não quis saber de timidez não, eu o chamei e ele veio ao meu encontro sempre sorrindo, nos abraçamos e nos beijamos novamente, e eu entendi, era o mesmo beijo que me encantou e me conquistou, que mudou minha vida, me tirou do meu mundo vazio, para um mundo cheio de esperança de que eu poderia amar novamente , sem medo e sem mentiras, eu não via mais ninguém, era como se estivéssemos sozinhos, e conversamos, enfim nos conhecemos e nos apresentamos um ao outro, finalmente eu sabia seu nome e seu número de celular, estava separado a 2 meses , isso me desmoronou, tão pouco tempo!
Ainda devia ter sequelas e reencontros, me desmotivei um pouco , mas mesmo assim aproveitamos a noite no baile, como 2 adolescentes, com muitos abraços e beijos, conversas e sorrisos...
Poderíamos ter saído dali, como tantos outros casais, indo terminar a noite nos amando, mas não foi bem assim, seus amigos estavam incomodados com a aproximação dele comigo, e eu decidi ir embora, nos despedimos, agora com contatos um do outro, não nos perderíamos nunca mais.
Fui para casa um pouco triste, feliz também por ter reencontrado ele e acreditando que nunca mais nos separaríamos, que seria o começo de uma linda história, que a vida havia me dado de presente.
Meu celular tocando direto enquanto eu dirigia de volta pra casa, mas só atendi quando cheguei na garagem, e era ele, doce, falava sem parar, dizia que a melhor coisa nos últimos tempos foi ter me encontrado, que rolou um clima muito bom entre a gente que parecíamos almas gêmeas, e parecíamos mesmo, o que eu estava sentido era muito forte, apesar de não conhecer ele direito, quase nem dormi porque falamos todo o resto da noite, e o dia inteiro no dia seguinte que era num domingo, na segunda e na terça sempre nos falando e nos chamando em vídeo...
Até que...
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