12 de fev. de 2025

AH!!! Aquele beijo!

                               Ahhhh!  Aquele beijo!!!

Enquanto eu tentava me restabeler emocionalmente 

e tudo o que eu queria no momento era ter paz.

Estava trabalhando muito para conseguir me reorganizar 

e pagar as contas que eu fiz tentando encontrar um trabalho

que eu mesma pudesse fazer, a idéia de trabalhar para os outros não me soava muito bem,

pois eu sempre fui muito inquieta e não sei e nunca soube parar quieta.

gosto de fazer as coisas bem feitas, mas sempre no meu horário, sem obrigação ou

cumprir horário, não, eu não cumpro regras que não sejam, feitas por mim.

Depois de tantas tentativas me vejo de novo sem era nem beira, procurando o meu lugar ao sol, por que eu sei que ele existe, esta bem perto, em algum lugar.

mas eu sempre gostei de sair a noite para danmçar, e dançar sempre foi minha paixão,

já saía com o pensamento de ficar sozinha, claro, sem ninguém que me colocasse numa cadeira sentada enquanto os outros rodopiavam pelo salão, não, eu não me permitiria sentar, nunca mesmo.

Naquela noite havia um brilho especial no ar, enquanto eu dançava, sozinha, claro!

eu vi um olhar insistente que também dançava sem parar, tímida que sou, mal olhei , mas sabia que o olhar dele me perseguia e sorria quando eu o encarava,

quem era esse homem?

Que insistentemente me fazia sorrir, mas ao lado de amigos e de uma mulher que também me encarava eu não dei muita importância, continuei na minha dançando, claro rsrs até o final do baile.

Na saída peguei meu carro e fiquei parada atrás de um táxi, onde estava ele e uma mulher

que mal se parava em pé, a tal que me olhava também, achando que era esposa, namorada, sei lá o que, dele.

o táxi saiu e ele não entrou, parou em frente meu carro e veio falar comigo, perguntando aonde estava meu marido, ele achou que eu estava acompanhada, por eu ser tão tímida, os dois solteiros, sozinhos e perdendo uma grande noite por falta de comunicação, impressionante como sou tapada para essas coisas, nos meus 54 anos , acho que não aprendo mais , ou aprendo!

Insistiu para eu confirmasse a minha ida no próximo baile para que nos encontrássemos de novo, eu aceitei para que ele saísse da minha frente e eu pudesse ir embora, ele não fazia nem de longe o meu tipo, usava barba, eu nunca gostei de homem com barba. 

Então ele falou se poderia me dar um beijo,ah! Claro! um beijo no rosto , pode sim...

Mas não foi um beijo no rosto, foi na boca, e olha, eu nunca senti o que eu senti naquela hora, depois que ele foi embora, eu fiquei parada , hipnotizada, sem entender, que beijo foi esse que me virou do avesso, me fez acreditar que meu coração parado há tanto tempo sem bater por alguém pudesse naquele momento disparar descompassadamente, apaixonei e agora?

Ele nem sabe que eu existo, nem o nome dele eu soube, nem ele o meu, aonde procurar, nem contato de telefone, nada , como achar esse homem em meio a tantas pessoas, sem nem sequer saber aonde procurar por ele.

Fiquei um mês perambulando pelas ruas tentando encontrar esse homem, em cada rosto, em cada olhar, em cada gesto, simples que fosse, que assemelhasse a ele, mas nada, parece que evaporou no ar, como a cinderela que perde os sapatos a meia noite, mas ela tinha os sapatos para que alguém a encontrasse, e ele? O que ele tinha para que eu pudesse achar, nem o nome, nem o número de celular, nada...

No dia do tão sonhado reencontro, eu cheguei cedo e em meio a tantas pessoas, nem o olhar, nem o

  gesto, nem nada dele encontrei por lá... continua...

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 continuação... Lá estava eu em meu quarto me arrumando para ir ao baile, enchi a cama de roupas, e nada tava bom, eu queria tá linda, eu qu...