14 de fev. de 2025

 continuação...

Lá estava eu em meu quarto me arrumando para ir ao baile, enchi a cama de roupas, e nada tava bom, eu queria tá linda, eu queria tá perfeita para o momento perfeito que eu achava que pudesse ser, sonhei dias e dias com o reencontro, a paixão gritava dentro de mim, queria outro beijo, um abraço apertado, quem sabe, um desejo realizado do meu coração triste e solitário.

A noite estava linda e tinha uma linda lua no céu, noite do dia dos namorados, muito especial, Encontrei as amigas num bar para tomarmos uma tequila antes de irmos,tomar coragem de encarar aquele homem, que eu nem sabia que estaria por lá, minha  intuição nunca foi muito boa, e eu sofri por antecipação, pensei que talvez não me reconhecesse, nem quisesse me ver, ou estaria acompanhado, afinal era baile dos namorados, teria muitos casais, a noite super romântica, eu queria viver o momento.

Eu sempre gostei muito de poesia e na minha juventude tinha um poeta chamado Alberto Brizola, ele era a atração da noite e eu me emocionei muito com as músicas e poesias, ja era quase meia noite e eu já estava desistindo de ter o meu encontro perfeito e tão sonhado, até que... 

No meio daquela multidão eu avistei aquele sorriso, meu Deus! Era o sorriso mais lindo que já ví em toda a minha vida, os olhos brilhavam, e não desgrudavam dos meus, ficou parado num canto aonde eu pudesse ver, e dessa vez não quis saber de timidez não, eu o chamei  e ele veio ao meu encontro sempre sorrindo, nos abraçamos e nos beijamos novamente, e eu entendi, era o mesmo beijo que me encantou e me conquistou, que mudou minha vida, me tirou do meu mundo vazio, para um mundo cheio de esperança de que eu poderia amar novamente , sem medo e sem mentiras, eu não via mais ninguém, era como se estivéssemos sozinhos, e conversamos, enfim nos conhecemos e nos apresentamos um ao outro, finalmente eu sabia seu nome e seu número de celular, estava separado a 2 meses , isso me desmoronou, tão pouco tempo!

 Ainda devia ter sequelas e reencontros, me desmotivei um pouco , mas mesmo assim aproveitamos a noite no baile, como 2 adolescentes, com muitos abraços e beijos, conversas e sorrisos...

Poderíamos ter saído dali, como tantos outros casais, indo terminar a noite nos amando, mas não foi bem assim, seus amigos estavam incomodados com a aproximação dele comigo, e eu decidi ir embora, nos despedimos, agora com contatos um do outro, não nos perderíamos nunca mais.

Fui para casa um pouco triste, feliz também por ter reencontrado ele e acreditando que nunca mais nos separaríamos, que seria o começo de uma linda história, que a vida havia me dado de presente.

Meu celular tocando direto enquanto eu dirigia de volta pra casa, mas só atendi quando cheguei na garagem, e era ele, doce, falava sem parar, dizia que a melhor coisa nos últimos tempos foi ter me encontrado, que rolou um clima muito bom entre a gente que parecíamos almas gêmeas, e parecíamos mesmo, o que eu estava sentido era muito forte, apesar de não conhecer ele direito, quase nem dormi porque falamos todo o resto da noite, e o dia inteiro no dia seguinte que era num domingo, na segunda e na terça sempre nos falando e nos chamando em vídeo...

Até que...


13 de fev. de 2025

AH!!! Aquele beijo... continuação

continuação...

 Tamanha minha frustação, decepcionada com o bolo que acabara de ganhar, 

então de volta ao vazio que era meu coração eu fui pra casa, sem entender , 

ou talvez entendendo que ele não estava sendo sincero,

 ou talvez quem sabe não tivesse gostado do meu beijo, 

ou de mim, tão de perto, parei e pensei, vida que segue,

 mas a esperança de achar esse homem pelas ruas não me deixava desistir totalmente,

 não , esse sentimento há muito tempo congelado dentro de mim não podia novamente adormecer ,

 eu iria um dia reencontrar a alegria que despertou em mim, num dia tão comum como aquele 14 de maio de 2022.

A esperança em mim era ter outro baile e quem sabe encontrá-lo por lá.

Então foi anunciado o baile do dia dos namorados, eu me enchi de coragem e esperança, quem sabe, seria dessa vez que a gente poderia se encontrar, por acaso, ou não, destino ou não, o que fosse acontecer que acontecesse, ruim ou bom, somente se arriscando e deixando o universo conspirar ao nosso favor.


12 de fev. de 2025

AH!!! Aquele beijo!

                               Ahhhh!  Aquele beijo!!!

Enquanto eu tentava me restabeler emocionalmente 

e tudo o que eu queria no momento era ter paz.

Estava trabalhando muito para conseguir me reorganizar 

e pagar as contas que eu fiz tentando encontrar um trabalho

que eu mesma pudesse fazer, a idéia de trabalhar para os outros não me soava muito bem,

pois eu sempre fui muito inquieta e não sei e nunca soube parar quieta.

gosto de fazer as coisas bem feitas, mas sempre no meu horário, sem obrigação ou

cumprir horário, não, eu não cumpro regras que não sejam, feitas por mim.

Depois de tantas tentativas me vejo de novo sem era nem beira, procurando o meu lugar ao sol, por que eu sei que ele existe, esta bem perto, em algum lugar.

mas eu sempre gostei de sair a noite para danmçar, e dançar sempre foi minha paixão,

já saía com o pensamento de ficar sozinha, claro, sem ninguém que me colocasse numa cadeira sentada enquanto os outros rodopiavam pelo salão, não, eu não me permitiria sentar, nunca mesmo.

Naquela noite havia um brilho especial no ar, enquanto eu dançava, sozinha, claro!

eu vi um olhar insistente que também dançava sem parar, tímida que sou, mal olhei , mas sabia que o olhar dele me perseguia e sorria quando eu o encarava,

quem era esse homem?

Que insistentemente me fazia sorrir, mas ao lado de amigos e de uma mulher que também me encarava eu não dei muita importância, continuei na minha dançando, claro rsrs até o final do baile.

Na saída peguei meu carro e fiquei parada atrás de um táxi, onde estava ele e uma mulher

que mal se parava em pé, a tal que me olhava também, achando que era esposa, namorada, sei lá o que, dele.

o táxi saiu e ele não entrou, parou em frente meu carro e veio falar comigo, perguntando aonde estava meu marido, ele achou que eu estava acompanhada, por eu ser tão tímida, os dois solteiros, sozinhos e perdendo uma grande noite por falta de comunicação, impressionante como sou tapada para essas coisas, nos meus 54 anos , acho que não aprendo mais , ou aprendo!

Insistiu para eu confirmasse a minha ida no próximo baile para que nos encontrássemos de novo, eu aceitei para que ele saísse da minha frente e eu pudesse ir embora, ele não fazia nem de longe o meu tipo, usava barba, eu nunca gostei de homem com barba. 

Então ele falou se poderia me dar um beijo,ah! Claro! um beijo no rosto , pode sim...

Mas não foi um beijo no rosto, foi na boca, e olha, eu nunca senti o que eu senti naquela hora, depois que ele foi embora, eu fiquei parada , hipnotizada, sem entender, que beijo foi esse que me virou do avesso, me fez acreditar que meu coração parado há tanto tempo sem bater por alguém pudesse naquele momento disparar descompassadamente, apaixonei e agora?

Ele nem sabe que eu existo, nem o nome dele eu soube, nem ele o meu, aonde procurar, nem contato de telefone, nada , como achar esse homem em meio a tantas pessoas, sem nem sequer saber aonde procurar por ele.

Fiquei um mês perambulando pelas ruas tentando encontrar esse homem, em cada rosto, em cada olhar, em cada gesto, simples que fosse, que assemelhasse a ele, mas nada, parece que evaporou no ar, como a cinderela que perde os sapatos a meia noite, mas ela tinha os sapatos para que alguém a encontrasse, e ele? O que ele tinha para que eu pudesse achar, nem o nome, nem o número de celular, nada...

No dia do tão sonhado reencontro, eu cheguei cedo e em meio a tantas pessoas, nem o olhar, nem o

  gesto, nem nada dele encontrei por lá... continua...

 continuação... Lá estava eu em meu quarto me arrumando para ir ao baile, enchi a cama de roupas, e nada tava bom, eu queria tá linda, eu qu...