saudades daquela menina alegre, peralta, que andava descalças pelas ruas sem se preocupar com nada, que falava coisas sem pensar, puramente sinceras e não sentia raiva e nem ódio no coração,
eu senti saudades das tardes de verão na cachoeira, nadando em águas frias, quase sem nenhuma roupa, e sempre feliz por estar viva e poder sonhar,
hoje eu senti saudades do amor que eu guardava, para a hora do meu verdadeiro amor chegar...
eu senti saudades do não que recebia toda vez que algo de travesso eu queria aprontar,
senti saudades até das palmadas da minha mãe...
por que ora e outra em árvores eu subia para alguma fruta do vizinho roubar...
eu senti saudades das estórias do meu avô, que sentava junto aos netos e passava horas a contar...
eu senti saudades dos meus amigos de colégio, das puladas de muros, fugindo das aulas chatas de matemática...
Hoje eu senti saudades das gargalhadas que eu dava por qualquer coisa engraçada que eu ouvia,
das brincadeiras de beliscar da minha tia, Óh! Como doía!
Hoje eu senti, que a vida passou tão rápido e a saudade ficou comigo, por que o mundo mudou, as pessoas se fecharam, nada do que foi será, jamais terei as palmadas de minha mãe, jamais escutarei as estórias do meu avô, nem roubarei mais frutas,mas eu fico muito feliz de ter tido coisas boas para lembrar, por que a saudade que ficou esta viva em meu presente, e eu acordei hoje lembrando de como a vida era diferente, e hoje com tantas mudanças eu ainda consigo levar no sorriso um pouco da minha inocência e a criança em mim ainda existe,
de fatos alegres ou tristes sempre hei de me lembrar.
Sônia Amorim
Um comentário:
Também me lembro das puladas de muro....kkkk...e ainda de sair apertando as campainhas das casas, do pito que uma vez levamos e nos envergonhamos....kkkkkk....das paqueras na porta do colégio....ai que delicia de se lembrar, de tempos que já não voltam mais, mas que foi bom amar. bjos.
Postar um comentário